Olá! Antes de começarmos a brincar de Origami - ou de qualquer outra arte que envolva papel - precisamos conhecer um pouquinho desta matéria prima encontrada tão facilmente em qualquer papelaria. Não tenha vergonha de ir até uma loja perto de você e passar as mãos nos diferentes tipos de papel. O que você deve observar é a espessura (gramatura) deles. Os mais grossos e duros não são muito apropriados para dobradura. Eles acabam quebrando nos vincos que tentamos fazer, e os resultados não ficam tão bonitos. O ideal são papéis mais maleáveis e com menos gramatura.
Para os iniciantes, o chamado papel espelho é o melhor. Além de ser um pouco mais fino que o sulfite comum, ele vem com um dos lados coloridos. Isso deixa o resultado final do trabalho bem mais bonito.
É claro que estou falando aqui de papéis nacionais, que podem ser encontrados até em super-mercados. Se você, como eu, tem acesso a lojas que vendem importados, vai acabar tendo contato com os papéis próprios para Origami, vindos do Japão. Esses já vem cortados e têm lindas estampas, que se adequam a cada trabalho. Mas, para iniciantes, eu não aconselho. Sua gramatura é menor (mais fino que o espelho), mas o seu precinho é maior. Só os compre se já tiver algum objetivo em mente. Do contrário, prefira gastar menos, para poder brincar à vontade.
Outro papel que eu uso muito são os de presente. Sim, aqueles com decoração ou cores de um lado, que se assemelham ao espelho. São mais grossos que ele um pouco, mas servem muito bem para alguns trabalhos que requerem um pouco mais de cor.
Para alguns trabalhos específicos há também o papel metalizado. Digo específicos por que os vincos que eventualmente fazemos neste tipo de papel ficam bem marcados... Então não é toda forma que fica bonita com ele. Você pode sim usar outros tipos de papel, até mesmo o sulfite. Mas para valorizar o trabalho, estes citados acima são os mais legais, por conta das cores e de suas espessuras.
Se você vai comprar em rolo ou em folha grande, e quer cortá-los em diferentes tamanhos para fazer o Origami, tenha em casa uma régua de 30 centímetros ou mais, um bom lápis de desenho, uma boa borracha branca, e um espaço liso e firme que possa usar como apoio - uma mesa, talvez.
Como já explanei aqui, a brincadeira com o papel é muito gostosa e ajuda em uma série de competências para crianças em idade escolar. Se o plano é fazer isso com seu filho, deixe-o fazer no lado sem cor do papel os quadrados de variados tamanhos (usando o lápis e a régua). Para tanto, prefira a régua de madeira... Se seu filho ainda está no primário, evite as lapiseiras de ponta fina. Prefira sempre os lápis, ou as lapiseiras de ponta grossa. Este refinamento de controlar a força que ele usa sobre o papel se aprende pintando. Primeiro ensinamos as crianças com o lápis de cor, como produzir variações de sombra e brilho com o mesmo lápis (se apertar mais a cor sai mais forte, se apertar menos sai mais suave, se usar a ponta saí mais brilho, se usar o lápis deitado, passando a lateral do giz, vai conseguir mais opacidade...). E só depois que seu filho domina isso, é que vai conseguir usar uma lapiseira com ponta fina sem quebrá-la toda hora. Durante esta atividade, observe a coordenação motora da criança, a visão espacial e confira com ela, ao fim da atividade de marcar o papel, se as formas têm quatro lados do mesmo tamanho (parece bobo, mas é importante).
No caso de comprar os papéis já prontos, queima-se esta etapa. Mas não significa que não vai ter um tempo gostoso e de qualidade com seu filho. Leve-o à papelaria com você, deixe-o escolher as cores ou estampas dos papéis. Vá conversando com ele, tentando saber o que ele quer fazer. Interaja com seu filho, por que são esses momentos que servem de 'escola' para ele. É conversando com os pais que a criança aumenta seu léxico. Quanto à coordenação motora e noção espacial, você terá outras oportunidades, com o Origami, de observar isso.
Por hoje é só. Muito em breve postarei as atividades, especificadas, com instruções detalhadas, para que a diversão seja também uma ferramenta de aprendizado nos lares de todos.
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