Ads 468x60px

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Ah, o cérebro humano!!! - Alzheimer...

Foto cedida por Thoth.
Olá, amigos e amigas. Depois de alguns meses de estudo, lendo muito material de vários profissionais, e tentando mastigar a informação para passar para vocês aqui, de forma clara e sucinta, bem como revisando meu material há muito não tocado da faculdade, eis-me aqui para a discussão tão prometida e atrasada sobre os males do sistema nervoso. Vamos falar bastante do órgão mais importante do corpo, o cérebro. E vou ajudar a vocês, que têm familiares passando por determinadas patologias, a lidar com os problemas e encontrar soluções. 


Nada mais justo que começarmos com uma doença muito falada, mas pouco entendida: Alzheimer. Trata-se uma doença do cérebro, degenerativa, isto é, que produz atrofia, progressiva, com início mais freqüente após os 65 anos, que produz a perda das habilidades de pensar, raciocinar, memorizar, que afeta as áreas da linguagem e produz alterações no comportamento. Então, ela acomete mais os idosos da família. Normalmente, o primeiro sintoma observado é o frequente esquecimento de nomes e coisas do dia a dia, e uma maior sensibilidade e irritabilidade. Este segundo é uma consequência da dificuldade de se fazer entender na comunicação, deficiente por conta do esquecimento de palavras. 

E aí, você percebeu que seu pai, ou seu avô, está com esses sintomas. O que fazer? Você pode procurar um médico clínico, que lhe encaminhará a outros especialistas após uma primeira avaliação. Se seu ente tiver um geriatra de confiança, este é um excelente caminho a se seguir. Aliás, aconselho que todas as pessoas com mais de sessenta e cinco anos se matriculem em algum serviço de acompanhamento geriátrico, mesmo que ainda estejam trabalhando, produzindo, e que sejam os provedores de seus lares. Ter alguém que acompanha todo seu histórico de saúde é importante. 

Ou, em podendo queimar etapas - em serviços públicos isso não é possível - a pessoa a apresentar estes sintomas pode ser encaminhada para um neurologista. O que deve ser entendido é que esta visita precoce ao médico pode evitar um avanço agudo da doença. O médico, em diagnosticando a demência, vai medicar o paciente, de forma a conter a velocidade da progressão da degeneração cerebral. Com isso, o idoso ganha mais tempo com qualidade de vida, em que os sintomas irão se apresentando de forma lenta e gradual, tirando dele muito menos, por vez, do que aconteceria se a doença progredisse sem supervisão.  

E quando progride, o que acontece com o paciente? O 'esquecimento' é o principal sintoma. Mas, vejam, começa com não lembrar uma tarefa ou outra, não lembrar como se faz algo, esquecer palavras e nomes, e vai progredindo de forma a tirar a autonomia da pessoa. O doente de Alzheimer, em estágio intermediário, 'desaprende' coisas simples, do dia a dia, e passa a precisar de auxílio para tarefas lógicas, como se alimentar, se vestir. Parece algo impensável, mas, sim, com a progressão da doença, eles desaprendem a escovar os dentes, abotoar a camisa, amarrar os sapatos. Como se voltassem a ser crianças. Neste estágio é fundamental que haja paciência na lida com este idoso. Ninguém gosta de ser tratado como criança. Ele vai se irritar com a constante monitoração, por vezes, e vai falar e fazer coisas que ofenderão o cuidador. É preciso entender que a doença está consumindo o juízo dele. E perdoar quaisquer palavras mais ríspidas, quaisquer atitudes estranhas. 

Foto cedida por Mundo Nipo.
No estágio final, a alimentação fica comprometida, e algumas outras funções vitais. Por que a degeneração cerebral começa a afetar a capacidade motora do idoso. Vou explicar brevemente aqui, mas prometo detalhar em tópicos exclusivos tudo o que falo. Para comer, é preciso sugar, mastigar, deglutir e digerir. Essas coisas são tarefas que fazemos em segundos, automaticamente. Mas, em destrinchando cada uma delas, percebe-se tratar de movimentos complexos realizados por vários músculos do corpo, orquestrados pelo cérebro. O mesmo que está degenerando neste nosso caso... E assim com cada coisinha de nosso corpo. Respirar, evacuar, ... Então, num estágio mais avançado da doença, todas essas funções ficam comprometidas, e o auxílio ao indivíduo neste caso tem que ser especializado. 

Eu sei que acabo de descrever um quadro muito ruim. E, se seu ente querido foi diagnosticado com Alzheimer, é bem provável que ele passe por isso. O que você pode conseguir é o máximo retardo deste quadro. As medicações vão desacelerar o processo, e dar muita qualidade de vida ao seu pai ou avô, e tempo para que você aprenda cada detalhe deste mal, e que possa, no momento certo, estar pronto para ajudar. 

É sim uma doença triste. Aos parentes, aos próximos, resta dar muito amor, e muito cuidado ao indivíduo. E ter esperanças de que as coisas não sejam tão ruins... Às vezes não são. Às vezes os medicamentos retardam bem a evolução da doença, de modo que a velhice de fato chega, é vivida com o máximo de conforto... Nossa corrida é para que este último estágio, se ocorrer, seja curto, não se instale muito cedo na vida da pessoa, que ela não tenha que auto-presenciar a perda de sua autonomia desta forma... 

Espero que o texto tenha ajudado a esclarecer algumas coisas. Se há um caso de esquecimento frequente em pessoa sexagenária na sua família, pode não ser nada grave, pode ser que a pessoa esteja precisando comer mais peixe. Não se desespere. Mas procure um médico. Em diagnosticando o Alzheimer assim cedo, muita coisa pode ser feita para evitar maiores sofrimentos. Faça sua parte e cuide de quem precisa ser cuidado. 


Leituras úteis? ABC da Saúde, de onde tirei parte do texto que vocês leram agora, e seu texto claro e explicativo. E, no site de notícias, Mundo Nipo, há uma bela matéria de 2013, sobre as descobertas feitas no Japão para retardar o avanço do Alzheimer. Muito bom mesmo. 





JulyN.

0 comentários:

Postar um comentário