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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Glúten!!! Um novo vilão na minha vida?

Pão de forma. Foto cedida pela Wickbold.
Olá, amigos e amigas. Vamos começar esta postagem falando que eu adoro pão... E biscoito, e bolo... E alguns outros docinhos que levam farinha de trigo... E sempre comi tudo isso, sem me preocupar. Até a entrada deste ano... Quem me conhece mais a fundo, sabe que sou uma pessoa meio encostada. Não me levem à mal. Quando tenho um trabalho a realizar, sou profissional. faço tudo o que me é designado, e não brinco em serviço. Mas, em minha vida pessoal, sou desligada da tomada. Deitar na minha cama e assistir ao Fantástico no fim do domingo é um programão. Futebol com pipoca e refrigerante também, filminho de terror abraçadinha com a Candy... Ou seja, eu me divirto fazendo basicamente nada, e gosto de relaxar. Não sofro de ansiedade por barulho ou gente... Fico bem sozinha.

Mas, no início deste ano comecei a reparar que estava demais. Dormir de fato se tornou um esporte que eu praticava compulsivamente, e havia ocasiões em que eu fazia um esforço tremendo para me manter acordada, e não conseguia. Tardes apáticas, falta de pique, falta de força. Mas não falta de vontade, então não era depressão - como vimos que pode acontecer em nossa postagem anterior. Eu ficava frustrada comigo mesma, e encucada de estar tão letárgica.


Um belo dia, num dos meus roupantes culinários, decidi não comprar o saco do meu pão de forma favorito. Eu ia cozinhar. De vez em quando tenho esses faniquitos. E naquela semana passei sem pão. E produzi mais, dormi menos, me senti mais disposta. Hum... Fiquei desconfiada, e resolvi testar de novo. Voltei ao pão, e a letargia voltou junto. Passei a suspeitar do trigo, já que eu comia outros carboidratos, e nada acontecia. Caí no mito do glúten. Não faz muito tempo atrás, era divulgado em tudo que é canto que até alimentos sem farinha continham glúten, que era acrescentado pela industria por conferir uma consistência agradável para os alimentos. Então, na minha cabeça, o problema não era o glúten. 

O que eu fiz, à principio? Evitei alimentos com farinha de trigo. E devo dizer que foram os meses mais difíceis da minha vida alimentar. Troquei a letargia pelo mal humor e uma eterna sensação de fome. Pensei, à princípio, que era uma reação alérgica, como algumas outras que tive no passado. Carne de porco, alho, ... Coisas que hoje eu posso sim comer com moderação. Então, imaginei que era um caso de dessensibilizar o organismo e que logo eu voltaria a comer pão.

Mas o tempo passou, e o pão continuou a me fazer mal. Asia, sonolência, problemas intestinais... E eu fui inventando coisas melhores, mais saudáveis e mais gostosas na cozinha, para me manter longe do trigo. A necessidade é a mãe da criatividade, eu devo dizer. Meses se passaram. Farinha só em festas, na casa dos outros, aquele bolo gostoso no lanche da tarde na casa do irmão... Aqui em casa, pães e bolos passaram a não existir mais. E, realmente, minha disposição para as coisas do dia mudou. 

Uma de minhas invenções culinárias. 
Recentemente houve uma semana em que, por conta do acumulo de trabalho, não quis enfrentar a cozinha. E recorri ao pão de novo. Nesta semana também tive uma recaída de uma alergia de contato, que me acompanha há bastante tempo, já. Comprei anti-alérgico, e passei a semana dormindo com este auxílio. E aí, conversando com amigos, veio a sugestão de fazer meu pão em casa, com outra farinha, que não a de trigo. Ótimo!!! Fui eu de novo para o fogão, fazer bagunça. O que vocês que não me conhecem tem que entender é que não, não sou uma dona de casa, e minhas estadas na cozinha são verdadeiras aventuras pra mim. Não sou uma péssima cozinheira. E tenho até algumas especialidades. Não passo fome. Mas cozinhar para uma pessoa só é muito sem graça. Então, eu não tinha o costume de cozinhar até pouco tempo atrás. Agora faço almoços completos... Por que senão passo fome!

Voltando às alergias... A semana do anti-alérgico e do pão passou, e voltei à minha dieta restritiva. E, magicamente, o anti-alérgico se tornou desnecessário. E foi aí que resolvi estudar mais sobre o que estava acontecendo comigo. E descobri, depois de ler muitas matérias, pesquisas, trechos de livros e conversar com amigos médicos, que sim, eu estou com intolerância ao glúten!!! E por que só acontece quando como trigo? Um amigo médico perguntou sobre meus hábitos alimentares, e disse que a úncia coisa que eu consumia com glúten era o trigo mesmo, e por isso ficou parecendo que o problema era com ele. E eu me espantei... E todos os avisos em embalagens sobre o produto conter ou não glúten? Eu devo estar comendo outras coisas com o composto, sem saber... Por que, de fato, antes de ter esses problemas, não lia rótulos... E ele me disse que não, que minha dieta, com exceção do trigo, era bem pobre de glúten. Ele me perguntou se eu tinha o costume de comer aveia ou centeio, e eu disse que não. E era isso... Glúten... Minhas alergias de contato, as coceirinhas que às vezes não me deixam dormir, são sintomas dessa intoxicação. Irritabilidade, sonolência, letargia, quadro leve de depressão, e outros sintomas associados a estes, todos podem ser correlacionados à intolerância ao glúten. Fiquei pasma. Muitos de meus problemas sistêmicos de uma vida inteira podem ter sido causados por isso, e eu não fazia ideia. 

E, é isso. Agora sei que é definitivo. O glúten está fora da minha dieta. Se você que está lendo isso, vai me convidar pro seu aniversário, não se preocupe. Não mude nada por mim... Vou comer um pedaço de bolo com farinha de trigo sim, e passar algumas horas arrotando seu bolo depois, e é isso... Estou há duas semanas sem tomar anti-alérgico, e estou me sentindo bem. O pão agora é de farinha de arroz, feito por mim. Como à vontade e não sinto aquela apatia e letargia de antes. Vou aprender outras receitas. Bolos, biscoitos. Vou fazer tudo em casa. Vai ser divertido. E quero partilhar tudo isso com vocês. Vou contar, em outras postagens, o que sentia antes, e o que tem melhorado, sintoma por sintoma, à medida que for descobrindo tudo e pesquisando sobre cada assunto. Também quero ajudar a quem está passando pelas mesmas coisas, contribuindo com as minhas receitas, falando o que deu certo, e como, e o que não deu. Vamos descobrir juntos como viver mais saudáveis. 



JulyN.

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